A relação entre o índice ESG e o risco de fraude nas empresas da B3

Resumo

Esta pesquisa explora a relação entre índices ESG e o risco de fraude em empresas brasileiras de capital aberto, abordando resultados contraditórios na literatura. O objetivo é verificar se maiores pontuações ESG estão associadas a menor risco de fraude.

Foram analisadas 111 empresas listadas na B3 entre 2010 e 2022, utilizando métodos estatísticos e qualitativos. As variáveis incluem ocorrência de fraudes (dados da CVM), ESG (Eikon Refinitiv®), auditoria por Big Four, tamanho, rentabilidade e endividamento.

Os resultados não confirmaram a hipótese de que maiores índices ESG reduzem o risco de fraude. No entanto, houve correlação positiva entre tamanho e endividamento das empresas com o risco de fraude, sugerindo que empresas maiores e mais endividadas tendem a se envolver mais em atividades fraudulentas.

Essas conclusões desafiam o senso comum, destacando a complexidade entre sustentabilidade, responsabilidade social, governança dos índices ESG e o risco de fraude no contexto corporativo brasileiro.

Tema: Auditoria

Palavras-Chave: Índices ESG; Risco de Fraude; Auditoria; Empresas Brasileiras.