Conservadorismo Contábil e Desempenho das Empresas da B3 durante a Pandemia de Covid-19
Conservadorismo Contábil e Desempenho das Empresas da B3 durante a Pandemia de Covid-19
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Conservadorismo Contábil e Desempenho das Empresas da B3 durante a Pandemia de Covid-19

Edição 47
ISSN: 2357/7428
Abril, 2024
20 min

Conservadorismo Contábil e Desempenho das Empresas da B3 durante a Pandemia de Covid-19 em 2020

 

Resumo

Esta pesquisa objetivou analisar os efeitos do conservadorismo sob a ótica do desempenho das empresas listadas na B3, e mais especificamente se buscou responderà seguinte pergunta: O nível de conservadorismo das empresas antes da pandemia da Covid-19 influenciou o desempenho dela no primeiro ano da crise econômica decorrente da pandemia? 

Para isso, foram analisadas 199 empresas não financeiras listadas na B3, no período de 2017 a 2020, e o desempenho foi avaliado por meio da variação do ROA de 2019 (período anterior à crise) para 2020 (primeiro ano da crise). Foi utilizada a técnica de regressão múltipla com dados em painel. 

Foi utilizado o modelo de Basu (1997) modificado para acrescentar a variável de desempenho da empresa no período da pandemia da Covid-19, classificado de acordo com três alternativas: se a variação do ROA foi acima da média do setor; se a variação do ROA foi acima da mediana do setor; ou se a variação do ROA foi acima do quartil 0,75 do setor. 

Os resultados obtidos não foram estatisticamente significantes. Desse modo, observa-se que o eventual conservadorismo da empresa em período anterior à pandemia pareceu não surtir efeito no desempenho dela no período mais agudo da crise econômica decorrente da pandemia de Covid-19. 

Esses resultados contribuem para destacar que, em momentos de crise econômica aguda, nem a qualidade das informações financeiras anteriores à crise possui a capacidade de atenuar o eventual impacto negativo no desempenho. 

Palavras-chave: Conservadorismo, Desempenho, Covid-19.

Artigo na íntegra