Outlive – a arte e a ciência de viver mais e melhor
Outlive – a arte e a ciência de viver mais e melhor
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Outlive – a arte e a ciência de viver mais e melhor

Edição 47
ISSN: 2357/7428
Abril, 2024
20 min

Editor: Clóvis Belbute Peres

Por dezenas de semanas, essa obra se manteve entre os mais lidos da lista de não ficção do New York Times, em 2023, e não por acaso vemos uma tradução rapidamente para a língua portuguesa. O dr. Attia iniciou sua carreira como cirurgião oncológico, mas, apesar de bem-sucedido, desistiu da residência em medicina para trabalhar com gestão de risco na consultoria McKinsey. 

Lá, ele desenvolveu o insight que o fez retornar à prática médica com uma visão diferenciada: a de que as principais causas das mortes ligadas à idade devem ser encaradas como encaramos riscos nos negócios. 

O autor deixa claro desde logo (e nisso o subtítulo da versão em português é mais feliz) que o importante não é apenas viver mais, mas viver melhor por mais tempo. Diferencia claramente lifespan de healthspan e mostra a relevância da última expressão sobre a primeira, relembrandonos da lenda grega de Tithonus que pediu aos gregos longevidade, esquecendo-se de pedir por juventude. 

Ele nos lembra que evoluímos de uma Medicina 1.0, na qual se acreditava que doenças passavam por vias sobrenaturais (espíritos, miasmas etc.) para uma Medicina 2.0, na qual se descobriu a relevância de patógenos, cujas doenças podiam finalmente ser tratadas, em larga escala, por antibióticos e vacinas, por exemplo. Estaríamos, finalmente, em uma era de Medicina 3.0, em que se objetiva personalizar, antecipar e tratar doenças de forma global, antecipada e de forma personalizada com uso de modernas tecnologias. 

Segundo o dr. Attia, as 4 “enfermidades lentas” seriam: as doenças cardíacas, o câncer, as doenças degenerativas da mente e as doenças metabólicas, como o diabetes. Para o confronto dessas doenças, não bastaria uma tática de curto prazo, porque elas se desenvolvem normalmente de forma silenciosa por anos antes de apresentarem a forma aguda. 

É necessária uma estratégia de enfrentamento. Suas táticas – em primeira visão – parecem simples e aparecem em muitos livros de medicina e autoajuda: exercício, alimentação, sono. 

E, de fato, elas são essenciais, mas o que o autor nos mostra é a importância de uma estratégia de enfrentamento do envelhecimento, mais do que a manutenção de um ou outro hábito saudável. Suas experiências contadas de forma magistral e a forma empática de sua visão de mundo não podem ser aqui resumidas, felizmente (rsrs). 

Para isso, você terá de abrir o livro e começar a transformação! Boa leitura!